quinta-feira, 27 de março de 2008

As dores diárias

Ontem aconteceu algo muito curioso...
Estava eu, indo pra escola como de costume, quando percebo uma irritação no meu olho esquerdo. Chegando na escola, fui ao banheiro, lavei, olhei, procurei, mas nada de parar de incomodar e doer, mesmo assim subi para a minha sala e ministrei as 5 aulas da noite, com aquele incomodo tremendo causado pela dor, além de estar limitado por não poder enxergar normalmente.
Chegando em casa olhei novamente, pinguei colírio, mas nada de parar de doer, então fui dormir acreditando que acordaria sem a dor e que se fosse algo sairia no decorrer da noite... doce engano! Na manhã seguinte, meu olho ainda doía, mesmo assim fui para a escola da manhã, nem sei como consegui ministrar aquelas 4 aulas, meus alunos percebendo o inchaço e a irritação do meu olho até ficaram muito quietinhos e me ajudaram em tudo, sem mesmo que eu pedisse, leram o texto para que eu explicasse, distribuíram os jornais (uma espécie de apostila em formato de jornal), enfim, colaboraram... estes pequenos gestos significaram pra mim uma docilidade incalculável da parte deles. Eu poderia ter faltado, mas por conta dos feriados acabamos nos atrasando no conteúdo do jornal que tem data para terminar.
Enfim, acabando as aulas, liguei para o meu irmão ir me buscar e me levar no oftalmologista, pois a estas alturas, além da dor eu não conseguia enxergar quase nada. Passamos em casa para pegar os documentos e meu irmão olhou meu olho para ver o que havia, e lá no fundo do globo ocular ele percebeu um ponto escuro, molhou um cotonete no colírio, puxou a pálpebra e com o cotonete tentava tirar o tal “corpo estranho”, depois de muitas tentativas conseguiu e para nossa surpresa, junto com o sangue, saiu um espinho de rosa! Sim, um pequeno espinho de rosa!
Descansei a tarde e a noite, novamente fui eu ministrar mais 5 aulas, ainda me recuperando, pois a dor agora era apenas do machucado que o espinho causou.
O mais curioso desta história toda é que quando eu cheguei em casa me deparei com um ramalhete de rosas que havia chegado para mim, sem motivo aparente, sem cartão, sem rementente...
Isso me levou a uma reflexão, comparando a rosa com o magistério, todo o seu processo, do broto até chegar na linda rosa, desde o início tem os seus espinhos que machucam, incomodam, mas a vontade de ver a rosa é maior e estes espinhos se tornam apenas espinhos que se tiram como o do meu olho, doeu, sangrou, mas saiu, e a rosa continua a se desenvolver.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tá vendo só um pequeno grande principe para atrair um espinho em seu olho...e depois dizem que os espinhos não servem prá nada! Pura ignorância!
rsss

Bons ventos